Trem de Sábado

Era uma noite quente de sábado, e Julie voltava para casa depois de um longo dia de trabalho na mais badalada loja do centro da cidade. Normalmente, ela saía às 22h, mas como era época de carnaval e havia aumentado consideravelmente o número de clientes, o patrão ordenou que permanecessem abertos até mais tarde. Eram exatamente 23:45h, e Julie estava na estação terminal do metrô, sentada no ultimo vagão do trem. Sozinha. Tinha uma longa e entediante viagem pela frente. Era assim toda noite. Sempre..

Mas o sempre as vezes tira uma folga.
E essa era a vez de Julie.


Tocou o aviso das portas, que se fecharam. Mas tornaram a abrir. Dois minutos depois, o aviso tocou novamente, e um homem alto, forte, de cabelos loiros e olhos claros, deslizou rapidamente para dentro do vagão e por poucos centímetros não ficou preso entre as portas. Assim que se ajeitou, olhou para os lados e viu Julie, sorrindo por conta do tropeção que o ajudou a entrar no trem. Envergonhado, retribuiu com um sorriso sem graça e se sentou de frente para a moça, a alguns bancos de distância.

Um sorriso já é meio caminho andando.
Neste caso, foi mesmo.


Julie era uma moça atraente. Altura mediana, seios fartos, quadril largo, cintura fina, pele branca, olhos verdes e cabelos pretos longos. E, claro, chamou a atenção do rapaz desastrado que estava no vagão com ela, e que tentou puxar um assunto com a moça. Perguntou-lhe seu nome, e ela respondeu: Julie. Rapidamente, o rapaz disse seu nome também: Paul. Ambos sorriram, sem jeito. Mas tinha uma coisa evidente nos olhos de ambos. E no corpo também.

A atração era mútua.
E claramente perceptível.


Paul pediu permissão para se sentar ao lado de Julie, que não fez nenhuma objeção. Começaram a conversar, conhecer um ao outro, a idade, os gostos, os costumes. Paul disse ser descendente de alemães, 25 anos, gosta de fotografia e é dono de uma livraria. Julie contou que vive sozinha em um apartamento alugado, tem 24 anos, é solteira e trabalha em um sex shop. O que ela gosta ficou subentendido. E Paul percebeu o recado.

Não havia mais nada para se perguntar.
Apenas a se fazer.


Enquanto Julie contava o caso curioso sobre um cliente que procurava uma calcinha sabor limão para seu parceiro cego 30 anos mais velho, Paul deu-lhe um beijo de supetão. Ela definitivamente não esperava um beijo tão bom, sem aviso. E Julie não resistiu, uma vez que também queria beijar aquele lindo e desajeitado rapaz. Os dois se beijaram até perderem o fôlego. Pararam alguns segundos, se olharam, mas não conseguiram manter suas bocas longe por muito tempo.

Esse era o começo.
E um belo começo, diga-se de passagem.


Como era um dos últimos trens da noite, ele estava em um ritmo muito reduzido. Duvido que algum dos dois ocupantes do último vagão tenham em algum momento reclamado da lentidão da viagem. Julie e Paul se beijavam com desejo. Não apenas pelo beijo, mas um desejo mais profundo. Ambos estavam muito excitados, o que era evidente até pela bermuda de Paul. E sozinhos no vagão, o que excitava-os mais ainda.

A partir daí, seria realmente muito difícil conseguir pará-los.

Julie percebeu que Paul estava muito excitado. Colocou a mão no colo, e escorregou-a para a coxa dele. Subiu um pouco mais, como se não soubesse o que iria encontrar. E foi exatamente o que esperava. Paul estava com o pênis totalmente ereto, praticamente estourando o velcro de sua bermuda. O rapaz sentiu a mão de Julie, e percebeu que não era o único que estava transbordando de desejo. Passou a mão pelo rosto da moça, pescoço, ombros, e chegou aos seios. Eram fartos e macios. Paul apertou suavemente, percebendo o arrepio que Julie sentiu. Ela acariciava-lhe o volume que se formou em sua bermuda, e ele apertava seus seios que quase saltavam pelo decote.

Ambos queriam a mesma coisa.
E estavam prestes a fazer.


Eles ainda se beijavam. Mão não era só isso. Julie abria o velcro estufado da bermuda de Paul. Por baixo, havia uma daquelas cuecas boxer com abertura na frente. Ela percebeu, e se aproveitou disso. Paul puxava para baixo o sutiã que envolvia os seios de Julie. Conseguiu soltá-lo sem esforço, e brincava com os mamilos da moça de tal forma que ela se contorcia a cada toque. Em contrapartida, Julie acariciava o pênis de Paul, fazendo movimentos circulares deliciosos. Ambos gemiam baixo. Mas sentiam um imenso prazer.

Chegaram na metade do caminho.
Restava pouco tempo.


Julie sussurrou no ouvido de Paul uma frase que o fez ficar mais excitado ainda. Disse-lhe que estava louca de desejo, e queria sentir seu pênis penetrando-lhe deliciosamente. Paul disse à moça que também estava louco para sentir sua vagina quente e encharcada, e fazê-la sentir vontade de gritar de tanto prazer. Não perderam tempo. Julie estava com uma saia de pregas acima do joelho, na altura do meio da coxa, e tirava sua calcinha fio dental. Abaixou um pouco a bermuda de Paul, levantou sua saia e sentou-se no pênis completamente ereto do rapaz. Ambos reprimiram seus gritos de prazer. A vagina de Julie estava totalmente molhada, e Paul percebeu. Assim que penetrou totalmente, Paul começou a fazer movimentos de vai-e-vem, segurando o quadril de Julie. A cada investida, o rapaz puxava-a com mais força. O banco do trem tornou-se pequeno para o desejo dos dois.

O perigo estava mais evidente a cada investida.

Já havia passado mais da metade do caminho, e eles não conseguiam parar. Julie sentada em cima de Paul, e ele movimentando-a para cima e para baixo. A moça comprimia sua vagina para sentir e dar mais prazer. Beijava o pescoço de Paul, mordia-lhe a orelha e arranhava suas costas. Paul foi aumentando o ritmo dos movimentos, agora verticais e circulares. Julie se contorcia cada vez mais, e Paul acelerava a cada investida. Julie, que já estava sem sutiã, abaixou sua blusa e colocou a mão de Paul em seu peito. Pediu que ele os beijasse, e assumiu o controle dos movimentos. Continuou com o mesmo ritmo enquanto Paul mordicava seus mamilos. Os dois queriam gritar, mas sabiam que não poderiam.

Neste momento, estavam a três estações do terminal.

O prazer estava aumentando. Julie movimentava seus quadris de modo que sua vagina parecia sugar o pênis de Paul. Mais e mais rápido. O movimento era intenso e absurdamente delicioso. Julie não aguentou e começou a gemer. Estava quase atingindo o orgasmo. Paul respirava ofegante até demais, e lambia os mamilos de Julie. Os gemidos foram aumentando sem que eles conseguissem controlar, e a moça soltava gritos finos e cheios de prazer. O barulho do pênis de Paul penetrando, saindo e penetrando novamente a vagina de Julie era maravilho. Os dois corpos se batendo freneticamente. Dois gritos, ao mesmo tempo. O calor tomava conta dos dois. Continuaram o movimento por alguns segundos, e Julie gritou novamente.

Foi tão delicioso, que o tempo havia desaparecido.
Mas isso infelizmente não aconteceu.

Julie escorregou para o lado, esgotada. Teve orgasmos múltiplos. Paul acariciava a vagina de Julie enquanto recuperavam o fôlego. Assim que conseguiram respirar novamente, Paul fechou sua bermuda, agora um pouco molhada, e Julie vestiu sua calcinha fio dental. Estavam já no túnel, chegando no terminal. Assim que o trem estacionou, os dois saíram o mais rápido que conseguiram. Pararam na frente das catracas, e Paul pediu o telefone de Julie. A moça passou o número, e se despediram com um selinho. Foram para lados opostos, mas com algo em comum: Paul foi para casa sorrindo e Julie, mais ainda.

O telefone nunca tocou.
Pelo menos não o de Julie.

Quem sabe não era um número falso...

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